Reverberando Esperança: Navegando Juntos Pelos Desafios da Vida

Já é setembro, e como psicóloga, não posso deixar de pensar no "Setembro Amarelo", o mês de conscientização e prevenção ao suicídio. Isso me traz lembranças da minha adolescência, uma época em que me sentia completamente deslocada. Eu usava uma fachada de "força" para esconder as feridas que carregava. Quando tentava me expressar com meus amigos, era rotulada como exagerada ou alvo das típicas piadas. Socialmente, eu me sentia como uma estranha, não era a melhor amiga e, como uma jovem negra, certamente não me sentia desejada. A fase "emo" foi minha maneira de me conectar com músicas que falavam de dor. Muitas noites, me peguei chorando até dormir, desejando simplesmente não existir.

A maioria dos meus amigos e familiares ainda não sabe disso até hoje, e provavelmente vão descobrir agora, assim como vocês. No entanto, minha fé me sustentou, me dando esperança para o amanhã. Além disso, o desejo de ir para a faculdade e "ser alguém na vida" foi minha âncora. Costumo dizer que não sei por que escolhi a psicologia, mas na verdade foi ela que me escolheu. Graças a Deus, minha história ainda não terminou; aqui estou com vocês hoje.

Porém, muitas pessoas hoje enfrentam pensamentos ativos de encerrar sua jornada neste mundo. O suicídio não surge do nada; começa como pensamentos do tipo "eu gostaria de ser invisível", "eu poderia dormir e nunca mais acordar", "eu gostaria de simplesmente sumir deste mundo", e com o tempo, esses pensamentos crescem e se fortalecem.

Não menospreze nem rotule como drama aqueles que mostram sinais como isolamento social, perda de interesse em atividades que costumavam gostar e outros indicadores. Olhe para aqueles ao seu redor com bondade e amor. Todos nós travamos batalhas internas, e é fácil nos perdermos em nossos próprios desafios. Mas juntos somos mais fortes. Quando olho para os outros, eles também estão me olhando. Vamos ser fonte de resiliência uns para os outros. Se você está lutando contra pensamentos de morte, saiba que não está sozinho. Procure ajuda pelos seguintes números: no Brasil, disque 188 para o CVV (Centro de Valorização da Vida); nos Estados Unidos, ligue para o 988 para o Lifeline Nacional de Prevenção ao Suicídio e Crise.