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Eu sou CORAJOSA

  • Foto do escritor: Samara Muniz
    Samara Muniz
  • 9 de nov. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 5 de set. de 2024

Ela é uma pessoa inteligente e amável, e o melhor é que as pessoas conseguem perceber essas qualidades nela. "Vá e alcance o que o mundo tem para você", eram as palavras que ela sempre ouvia. Não era apenas um devaneio; ela possuía algo único, algo que ainda carrega consigo. Então, ela avançou, voou alto, exatamente como fora encorajada. Ela partiu da América do Sul rumo à América do Norte, a terra das oportunidades - ou pelo menos era isso que lhe haviam dito. E lá, ela fez o que faz de melhor: buscar conhecimento e aproveitar oportunidades.


Durante sua jornada, o cansaço e a frustração começaram a se instalar - algo familiar a todos nós, não é mesmo? No entanto, faltava uma peça vital. Ela não tinha o apoio que tinha em sua terra natal; aquelas vozes que costumavam energizar sua motivação e impulsioná-la para a frente estavam ausentes. "Se ao menos houvesse algo para facilitar minha vida", ponderou. E lhe disseram que a solução estava em um pedaço de papel, aquele documento dourado - ou melhor, verde -, que prometia uma vida mais fácil. Era o reabastecimento que ela ansiava.


Ela demonstrou coragem, e continua a fazê-lo. Ela trabalhou persistentemente até obter aquele cobiçado cartão - aquele emblema de liberdade e esperança. "Agora, a vida certamente será mais fácil", antecipou. No entanto, a vida não se mostrou sem esforço apenas por causa de um documento legal. "Por que ainda me sinto cansada?" Aquela sensação avassaladora de não saber o caminho à frente minava sua energia. Ela estava se esforçando ao máximo, mas sentia como se estivesse começando do zero. Ela percebeu que viver no exterior envolve mais do que acessar oportunidades; é lidar com pressões que não existiam em sua terra natal e perder o sistema de apoio familiar - aquelas vozes que costumavam elevá-la.


Ela foi corajosa naquela época, e continua firme em sua coragem. Agora, ela contempla se o próximo ato de bravura poderia ser voltar para casa. Trata-se de experimentar conexão e aceitação, não porque ela não pudesse alcançá-los na terra do Norte, mas porque não importa quantas conexões ela formasse, obstáculos superasse ou metas alcançasse, algo permanecia faltando. É a sensação de ser uma parte integral de uma comunidade, não apenas participar dela. Por enquanto, a resposta sobre permanecer ou retornar lhe escapa, mas uma resposta permanece clara: continuar abraçando a coragem.

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© Samara Muniz 2024

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